Cheguei a Campos do Jordão em pleno Festival de Inverno, sem reservas em hotel nem pesquisa sobre hospedagem. Eu, sozinha, tudo bem. Acontece que dessa vez eu tinha arrastado em minha aventura, uma filha e seu filhinho de 6 meses. A primeira vez que fui a Campos do Jordão, foi com dois filhos, a mais velha, com um ano e meio e o outro com tres meses, para um camping. Sou assim. Meiomuito doida, o que fazer... Mas é que, na véspera, lera em alguma midia que meu irmão mais novo, bem mais novo, rapa de tacho, estaria regendo a orquestra da qual é, atualmente, titular e que eu nunca assistira . Ando mesmo desatualizada, ou melhor, entocada em meio a muitos problemas. Com saudades subitamente aumentadas a um nível exorbitante, a ultima vez que nos vimos foi no funeral da Mãe, bem mais de um ano se passou, e na iminência de receber a primeira parcela do 13º , que tinha outras destinações mais...úteis, resolvido onde ficar filha e neto - comigo, vou dormir, acordo, arrumo as malas , minha querida roupa de inverno e... fui. Sem avisar, sem organizar.
450 km. Mole para mim ! Pobres do nenem e mamãe!
Chegando, primeiro compro o ingresso, localizo o teatro, auditório Claudio Santoro, cidade da música, parque, coisa assim e depois saio em busca de pousada com vagas em alta temporada e relativamente baratinha. Um pernoite. Demorou 20 minutos e para que eu conseguisse exatamente o que queria. Na primeira que fui encontrei a possibilidade de ocupar a vaga de uma reserva para os dias seguintes. Não poderia ficar mais um dia caso mudasse de ideia. Tudo ocupado por todo o fim de semana. Mas estávamos alojados, com linda vista, em apenas uma cama de casal. Como não estou mais habituada a dormir com nenem, com medo de amassá-lo em minha agitação paroxística do sono ( kkkkk) preferi, ao chegar do concerto, arrumar minha cama no chão e dormi melhor do que sempre.
Ao acordar, o visual da janela do quarto, aquela janelinha da direita, em cima era lindo.
Mas não podíamos ficar. Passeio pela cidade, chocolate com o Mano e a Cunhada no Capivari, comprinhas, pois ando meio fraca da Vontade ( ou seria em surto maníaco?) e iniciamos a volta, ou pensávamos isso. Mais uma vez as modernas tecnologias interferindo no que eu antecipara, seriam esses dias. Toca o celular. Eu ainda me maravilho com esse telefone móvel. Como desejara algo semelhante quando com filhos pequenos trabalhava tanto para mante-los. Era a filha mais velha. Ainda não havíamos conversado desde que voltara de sua ultima viagem, trabalho de campo e ela diz logo que, cansada, iria ministrar uma oficina, com o marido e levariam meus dois netos mais velhos - em Visconde de Mauá. Praticamente no caminho de casa. Trinta, quarenta quilometros à esquerda, uma serra linda, a ultima vez que fui estrada de terra, mas deve estar calçada, -" Vanessa, topa?",
Chegamos anoitecendo, o neném cansado de maus-tratos, a tal da cadeirinha será vista no futuro como instrumento de tortura do inicio do sec XXI, óbvio que a lei foi burlada muitas vezes, substituida pelo aconchego do colinho. Onde pousar ? Ao longo do caminho para Maringá todas as pousadas apresentavam placas Não há Vagas. Uma sem essa advertência, na recepção me informam não haver vagas. Peço uma indicação, gentilmente me levam a uma vizinha que vai inaugurar sua pousada na próxima semana
Maravilha de acolhida, de local.
O frio e a neblina, das quais sinto tantas saudades.
E MAIS, vou postando por aí.
como AQUI, sobre Campos do Jordão e daí siga as indicações. AQUI, no blog das janelas, fachadas, tambem. Ou em um classico dos anos 70, outro link